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FLÁVIO ASSIS
13. Dona Sinhá
Dona Sinhá
Flávio Assis
Dona Sinhá não gosta
de samba lá sobrado
o que faz vossa mercê
cá na praça do mercado
Onde os negros da Ilha, Sudão
Entreposto da Madeira
fazem da vida roda
onde balançam a tristeza
Olha só Sinhá no nosso torrão
pele clara já transpira
rubra a alegria se pinta
na cintura uma viola
toda vestida de ginga
parece preta moça
quando samba é mandinga
Pode entrar Sinhá
a casa é de chão, caiada, de tapera
uma palhoça brejeira
tem licor, carambola
no quintal tem laranjeira
um rosal beirando a varanda
onde a gente aprochega
A lua já te chama
pra sambar a noite inteira
Janaína chamou, eu vou
vou pra beira do mar!
Sambadeira de Cachoeira, eu vou
vou pra beira do mar
pra beira do mar, eu vou
pra beira do mar...
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